1968 – O ano que não terminou

Você não deve se lembrar que me emprestou um livro de Zuenir Ventura, 1968 o ano que não terminou, não deve lembrar porque é professora, e ainda que aposentada jamais perdera esse titulo tão honroso, mas você não deve se  lembrar porque foram muitos os empréstimos literários, a inúmeras pessoas, acredito eu.

Esse livro marcou a minha vida, gosto de lembrá-lo, Zuenir é um mestre, e você também marcou a minha vida em muitos sentidos, são inúmeras as boas lembranças e conversas que tivemos, gosto de recordar uma tarde em que estávamos observando um por do sol e você disse: “nessas horas eu acredito na existência Dele, porque homem nenhum poderia fazer algo tão bonito”, naquele instante me dei conta de que você era a ateia mais fajuta da face da terra, pois sem saber, seu coração já acreditava.

Voltando a historia do livro, por ele quis conhecer mais a fundo tudo o que aconteceu na historia do Brasil naquela época, assisti filmes, conheci grandes cantores, procurei por documentários, relatos, e conversei tanto com você sobre isso, tornou-se um assunto recorrente em nossos encontros, você me dizia: “naquela época ninguém era santo, tudo era muito sexo, drogas e rock in roll, mas o pessoal lia muito, tinha gana por conhecimento, por artes, por tudo”. Ouvir você, acompanhar suas ideias, criticas, dicas, sempre fizeram brilhar meus olhos. Sua consciência de que a política brasileira “foi feita para não funcionar”; minha admiração por você era poesia em mim, porque de certa maneira sempre me transformou, tocou, afagou, mas hoje golpeou.

De todas as coisas que já foram ditas nessas eleições, chego a seguinte conclusão: nada será como antes! Ninguém será o mesmo, vamos todos melhorar ou piorar, crescer ou encolher, falar ou calar!

Conheço todas as suas razões para não votar no PT, pois tenho as minhas próprias razões para isso também, conheço todas as suas razões para não votar em branco ou nulo, pois nulidade nunca foi nem o seu, nem o meu forte. O que desconheço, o que não entendo, o que me assombra, são as inúmeras razões que você criou para apoiar alguém tão diferente de você, de sua historia, formação, vivencia, gostaria de lhe perguntar onde esta a fã de rock, a professora criativa e dedicada, livre, culta, onde esta uma das mulheres mais inteligente e independente que conheci, onde esta a mestra, a “militante” anti caretice, onde esta você, onde toda essa lama lhe afundou?

Nada será como antes, e que Deus seja Louvado e nos abençoe!

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Autor: ela...

Elaine. Ela. Helena. 17. Setembro. Há alguns anos atrás. Ascendente em peixes. Brasil. Santista de nascimento. Baiana de descendência. Mineira de coração e endereço. Muitas e de muitos tamanhos. Letras, palavras, frases. Nossa Senhora Aparecida. Família. Música. Sol. Brisa. Luar. Prefiro mar. Branco. Tenho uma irmã mais nova. Minha maior paixão tem mais de 100 anos. Abraço. Meu pensamento é hiperativo. Tenho os melhores amigos. Cometo ao menos um erro todos os dias. Converso com Deus. Já mudei de emprego três vezes, já mudei de vida outras varias. Por do sol. Não faço nada sem dois ingredientes: paixão e entusiasmo. Primavera. Beijo. Horizonte. Esperança. Cinema, quadros, composições. Já machuquei quem não merecia. Olhar. Exagerada e sensível. Carente. Bagunceira. Transparente. Meu primeiro livro publicado e grande orgulho: Quando Florescem as Orquídeas. Tenho um blog e uma coluna semanal em um jornal do interior. No mais sou abençoada. Sei dizer apenas que tudo passa!E que eu sou bem feliz! D.S.L

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