Lembro do teu corpo sobre aquela chuva de confetes, serpentinas, as cores de tua roupa que coloriam aquela noite de carnaval.
Foi num momento de folia e alegria que te avistei.
Gostaria de saber antes que aquela seria a única vez, quisera que algum Pierrot ou Alecrim tivesse sido amigo e me avisasse que tu passarias por minha vida como um desfile de escola de samba que não tornaria a voltar, mesmo sendo campeão em meu coração, não houve outra chance de te reencontrar.
A batucada não permitiu que eu ouvisse teu nome, mas meu corpo sentiu o teu embriagado pelo calor da dança, teu beijo com gosto de álcool misturado a um hálito de cigarro, sambava entre tantos, mas sozinho conquistastes meu olhar, fostes teus os meus olhos durante todas as horas em que todo aquele povo permanecia em festa, eu com o coração parado, fora do ritmo me apaixonava por ti, por aquela loucura de carnaval.
Quisera eu que tivéssemos durado os quatro dias de folia, pois assim seriamos então daqueles amores que sabemos não serem feitos para durar, mas não nem teu nome eu saberia, essa seria então minha sina desde aquele carnaval.
Outros carnavais vieram, outras ilusões nasceram, mas o teu gosto, o teu beijo, o teu cheiro, seriam para sempre o que movia minha fantasia de folia, te procurei por muitas ruas, e te avistei em alguns momentos sem de fato nunca ser você.
Seria então essa minha paixão apenas mais uma entre tantas outras historias de carnaval? Bobeira minha esperar por você, não te esquecer, mas o que afinal fazer se você não saia de mim, restava-me chorar junto ao Alecrim, esperando por um personagem que talvez estivesse entregue no momento do meu pranto a outro.
Na ultima noite de folia, avistei você parado em minha frente, sorrindo esticou a mão, convidando-me para dançar, como fizera desde a primeira vez, sorrindo fui a teu encontro, e após o beijo que matou toda aquela saudade, ouvi de tua boca:
_ Afinal de contas, aonde foi que você pulou os outros carnavais?
Respondi encantada:
_ Aqui! A tua espera.
Tenhamos assim esse sonho de querer encontrar não só no carnaval, mas pela vida a fora alguém que faça em meio a tudo mais o coração parar e a alegria reinar, como a fantasia de uma chuva colorida de confetes e serpentinas.
Cultivemos em nos essa esperança de que a vida seja uma eterna lembrança de noites felizes há enfeitar nossos anos.
Sejamos livres e felizes pelas ruas, transformados em palhaços, pierrôs, alecrins, colombinas, sejamos quem sonhamos nestes quatro dias de folia, para que possamos conhecer e transformar a feliz fantasia desse momento num instante eterno para os demais dias do ano.
D.S.L
Ps: Beba conscientemente. Use camisinha. Divirta-se sem MODERAÇÃO
Nossa…
Amei os textos postados aqui…
quanto sentimento externado de forma simples e bonita…
Parabéns…
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