É mesmo muito estranho, ora cansa, ora faz sorrir, mas por demais e diversas vezes sabe fazer bem.
Estranho prender-se em abraços, estranho tê-lo nos braços, inimaginável não tê-lo sentido.
Quando demonstrado transfira-se facilmente em flor, canção, tela, olhar que seja, em casos extremos de timidez o desvio de um olhar que só saber olhar, nos casos obscuros de descrença a felicidade rara da descoberta, e a ciência de que nada na verdade se sabe…
Baila no céu feito laço de armadilha quando apanha a presa. Quer-se fugir, por vezes soltar-se, mas de que maneira saber se haverá de fato vida caso ele passe, deixe de existir? Será viável continuar respirando com a presença dessa ausência? Se ausente haverá motivação para sorrir? E assim como quem se pergunta: há vida após a morte? Indago-me solitária haverá vida após amar?
Será que há seres encantados no mar, vida nos anéis de saturno? Respira-se no calor incalculável de marte, na vida improvável de júpiter? Será mesmo? Será assim possível existir vida após amar, ou sem amor, ou ainda sem intenção de tê-lo?
Dar-se demais, pensa-se diante do aceitamento desse fato se ainda guardamos alguma vontade própria, parando enfim de crer em si mesmo, caso a resposta não seja sim.
Despindo-se de quaisquer outros desejos, para viver e esperar por um abraço que lhe aconchegue mais do que lhe de razão ou vontades.
Ele lhe da um novo jeito de sorrir, um penteado melhor para o agrado do outro, uma maneira de dizer o que os olhos enxergam enaltecidos por um brilho cósmico quando o vêem chegar.
Ora deixa-nos sem rumo, ora faz chorar, sorrir, brigar, mas sabe-se terminar tudo isso em paz, não com bandeiras brancas, mas sim em alvos lençóis que se tornam cúmplices de mais uma de tantas eternas noites de amor.
Não cabe mais, não se suporta mais nada, será perdida inclusive a vontade de querer, para ver todos esses pensamentos serem implodidos quando a vontade da razão grita forte nas manhas onde os lençóis sem ti naufragam em duvidas que teimam em machucar; resta ao coração esbravejar com o cérebro que tudo faz sentido, o sentido do amor, o qual a razão jamais saberá entender, aos berros o coração então da ao cérebro um ultimato: deixe meu amor em paz!
Perde-se a paciência para mais tarde então perder-se em beijos que calam e clamam por perdão, perde-se materialmente para manter o amor, ciente de que só ele esta habilitado a lhe dar o que não pertence valor, perde-se horas dando explicações minuciosas de seus próprios passos, perde-se o direito de olhar pro lado, perde-se o direito de se ter um passado que pode lhe trazer historias de outro alguém, perde-se muitas coisas, para tão somente ganhar toda uma vida.
Uma vida inteira ao lado de quem o coração elegeu para dar-se, e os anjos rodearam desde o primeiro olhar trocado, um amor que caminha lado a lado com a esperança, pois a vida se encarrega de encaixar as todas outras coisas, enquanto os corpos amados, amantes encaixam-se para simplesmente amar.
D.S.L
Muito Lindo.
Ameii
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