“O sol se pos lentamente…
Atiçando o céu com sombras em laranja e vermelho
Há distancia negras nuvens surgiam no horizonte levando o vento de verão
Logo o dia daria lugar a noite e com ela o silencio que se apodera de tudo.”*
O mesmo silencio que ouço nestas manhas onde mesmo que o sol não se estenda no céu, meus olhos acordam cegos com a luz dos teus.
Cheiro, gosto, formas…
Tocar em ti é como ter tinta nos dedos e o poder de pintar o mais lindo dia, todos os dias, todo tempo.
Não a mais silencio em mim, tudo grita, tudo se move…
Tudo quer você… Eu, o dia, a chuva, a lua, o vento, tudo te busca e só meu coração te encontra desacelerado, tranqüilo, refeito; Tuas mãos de anjo o puderam tocar.
Os quadros em branco nas paredes da minha alma voltaram a colorir-se
Obra tua, do destino, do momento, obra tua, divina….
Deixe-me em ti por toda a vida que seja.
Deixe-me em teus sonhos durante a noite, em tua vida ao raiar do dia.
Deixe-me refletir nos teus olhos, nestes dois pontos de por do sol.
Deixe-me sem sentido, perdida, quase que incrédula desta realidade tão abençoada.
Que se abram todas as portas.
Que se façam desfeitos esses labirintos todos sem sentido que outras mãos construíram a fim de destruir todo o amor que um dia as ofereci.
De uma vez por todas, que me voltem os sonhos puros, dos quais eu tivera medo.
Que a paixão afinal deixe de existir, que eu chore diante de mim, pois enfim amo outra vez.
D.S.L
*Trecho do filme De encontro com o amor