Talvez a culpa seja da miopia, que embaralha a visão e mesmo onde não existem motivos para acreditar, eu os detenha como forma de alivio para alma. Assim me apego a historias fadadas ao fracasso, e mesmo não persistindo nessas historias, ao final me custam tempo e energia, levando um pouco daquilo que tenho de bom, carregando gramas de esperanças que se perdem.
Talvez a culpa seja de alguma doença cardíaca que os cientistas desconhecem, eles deveriam estudar mais sobre corações bobos, e sobre a idiossincrasia de pessoas como eu, que detêm uma espécie de “caixa dois” onde superfaturam o valor das pessoas a sua volta.
Sinto-me como essas mensagens de celular: “temporariamente fora de serviço”, pois tudo o que havia, deixou de existir, sem ao menos deixar saudades. Resta um grande enjoou, uma ânsia de vomito, uma “puta” vontade de rasgar a roupa, ficar louca, e dar razão a quem de fato acha que a minha cura provem em esperar menos, sentir menos e realizar menos.
Eu jamais serei “menos”, e cada dia que passa tenho mais orgulho dos meus exageros, pois assim sinto de verdade tudo aquilo que tenho vontade, eu tenho coragem de bancar a boba, de borrar a face com lagrimas, de estancar as feridas, eu tenho coragem de ter esperança!
Outro dia uma amiga me disse que o meu defeito é olhar adiante, não acompanhando a visão de quem esta ao meu lado, calei-me, pois eu não respondo nada sem um fundamento. O problema não é a minha visão! O problema é que dou chances para “qualquer” um estar ao meu lado, entupindo meus ouvidos de qualquer besteira, por muitas vezes tenho que responder com o silencio tamanho os absurdos, não sou eu quem enxerga a frente, são os cegos que ao meu lado nada enxergam, nada procuram, remoendo sentimentos que eles sabem trair a própria vontade de ser feliz.
Recuso-me a viver futilidades! Recuso-me a lamentar por pouco, a não olhar nos olhos, a não abraçar com o coração, a abrir mão de um dia sentir todo amor que houver nessa vida.
D.S.L