“Hipocrisia!Eu quero uma pra viver!”

Perto de onde trabalho, acontece todo ano uma cantata de Natal.
Fica lindo!
Um prédio antigo, com grandes janelas voltadas para a rua, em cada janela uma dupla de crianças cantando musicas natalinas.
Nessa sexta feira elas ensaiaram. Domingo é o dia da apresentação, portanto, passei à tarde ouvindo aquelas cançõezinhas de Natal.
Não gosto de Natal!
Mas confesso que essas musicas na voz dessas crianças me deixam com um misto de sentimentos: nostalgia, tristeza, esperança, não sei dizer ao certo, sei que fiquei com uma “baita” vontade de chorar! Não sinto tristeza por esse monte de crianças felizes cantando, ou pelas letras das musicas que parecem estar repletas de uma mensagem subliminar para nos fazer crer que o mundo é um lugar bonito e que todas as pessoas são boas.
Mas sim, por imaginar a alegria no coração daquelas crianças, e logo em seguida vê-las crescendo e se desapontando, ao tomarem consciência de que a vida, e o Natal, e as pessoas e todo o mundo, não são iguais ao mundo cheio de cores, sorrisos e sons que elas verão pelas janelas grandes desse prédio antigo na noite de domingo.
O Natal, e o mundo ficam cada vez mais tristes a cada ano.
Eu que sempre falo de esperança, nesta época do ano deixo-a de lado na manha de natal, ao olhar para as crianças que não vão abrir os presentes novos, não vão ter pai vestido de Papai Noel para alegrar a entrega dos presentes, muitas delas nem conhecem o pai, muitas delas, não sabem ao menos o significado de uma ceia, se é que ainda exista algum significado verdadeiro em tudo isso.
Tudo o que há de puro o mundo parece destruir, virou comercio, e o comercio vive de uma hipocrisia impar, ninguém esta nem ai, todo mundo tocando o “foda-se” e querendo ganhar o seu, todo mundo olhando pro próprio umbigo, todos vendidos!
O amor foi comprado, como diz uma amiga minha: melhor chorar dentro de um importado por insatisfação amorosa, do que andar em um ônibus lotado para chegar em casa e encontrar apenas amor, como se amor fosse pouco.
Vejo muitos filhos hoje em dia que trabalham para os pais, e olha que o salário costuma ser alto. Quantas e quantas vezes já presenciei as “trocas”, culpa dos pais é claro, se “você fizer isso, ganha aquilo”, não é assim, não é por ai, e diante disso vemos pequenos comerciantezinhos barganhando as melhores condições de alcançarem seus objetivos, desde pequenos aprendendo que tudo na vida tem um preço, até mesmo as pessoas e seus sentimentos!
O mundo jamais será perfeito, pois nele habitam seres humanos, o único animal que destrói o próprio meio onde vive.
Vivemos procurando a felicidade, mas quando a encontramos raras as vezes aprendemos a lhe dar com ela.
Sei que acabei por sair completamente do assunto inicial, me perdi, mas quer saber: “Foda-se”!
D.S.L

Autor: ela...

Elaine. Ela. Helena. 17. Setembro. Há alguns anos atrás. Ascendente em peixes. Brasil. Santista de nascimento. Baiana de descendência. Mineira de coração e endereço. Muitas e de muitos tamanhos. Letras, palavras, frases. Nossa Senhora Aparecida. Família. Música. Sol. Brisa. Luar. Prefiro mar. Branco. Tenho uma irmã mais nova. Minha maior paixão tem mais de 100 anos. Abraço. Meu pensamento é hiperativo. Tenho os melhores amigos. Cometo ao menos um erro todos os dias. Converso com Deus. Já mudei de emprego três vezes, já mudei de vida outras varias. Por do sol. Não faço nada sem dois ingredientes: paixão e entusiasmo. Primavera. Beijo. Horizonte. Esperança. Cinema, quadros, composições. Já machuquei quem não merecia. Olhar. Exagerada e sensível. Carente. Bagunceira. Transparente. Meu primeiro livro publicado e grande orgulho: Quando Florescem as Orquídeas. Tenho um blog e uma coluna semanal em um jornal do interior. No mais sou abençoada. Sei dizer apenas que tudo passa!E que eu sou bem feliz! D.S.L Ver todos posts por ela...