A caixinha branca

 

Ouvi uma música nova essa semana, domingo início de noite para ser mais exata, a letra é a nossa cara, e a melodia o nosso embalo, então pensei em te enviar na mesma hora, por mensagem, sei lá, pensamento, sinal de fumaça, serenata…

Passei por uma vitrine outro dia e te imaginei no lugar do manequim, sua cor preferida combinou muito bem com o sorriso imaginário de um momento irreal em que saíamos para jantar e comemorar a gente

Chove e faz frio desde segunda feira, é primavera, mas o tempo está louco e desajustado feito a nossa história, a primavera está escondendo a sua beleza e harmonia como fez o nosso amor.

A noite em casa, quando a campainha tocou, corri, sorri, ajeitei o cabelo, esqueci que pedi comida, lembrei que não era você

Cortei o dedo em um pedaço de vidro quebrado na cozinha, e enquanto o sangue não estancava lembrei de todas as vezes em que ao tentar colar os seus pedaços eu sangrei. Sangrei para aprender que amor não cura sozinho, não é super-herói para salvar alguém, tão pouco merece viver de lagrimas no passado, amor não faz milagre, não substitui espiritualidade, terapia, escola, trabalho, o amor nos ensina muito, mas não substitui nada, é uma dadiva que desconhece a autossuficiência, ele tem o seu lugar majestoso, iluminado, merece respeito, aconchego, valor, carinho, merece olhares tontos, bobos, e apaixonados, merece ser abraço sonolento durante a madrugada onde a saudade de horas me desperta concorrendo com o relógio só para ter você antes dos primeiros raios de sol, só pra ter você antes do café, do transito, do trabalho, só pra ter você

As vezes fecho os olhos bem forte para te lembrar, nunca precisei abri-los enquanto te beijava, abraçava, ou fazia amor, pois sentia exatamente o que estava tocando, conheço todos os caminhos e o destino à minha frente era único: o amor, você

Fui apresentada rapidamente a sua nova criatura: inteira, refeita, ciente e consciente, é um sonho antigo te ver feliz, livre de cegueiras, amarras, passado. Quem sabe essa pessoa sem pedaços me convide para jantar uma noite qualquer, com o desejo verdadeiro de se apresentar para alguém que aprendeu a não sangrar pelo outro, e a nossa história venha de fato a vencer o tempo para enfim realizar seu único propósito: ser bonita, plena, ser amor em um presente que conjugue o infinito.

D.S.L

 

jantar-romantico

 

 

 

 

 

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Autor: ela...

Elaine. Ela. Helena. 17. Setembro. Há alguns anos atrás. Ascendente em peixes. Brasil. Santista de nascimento. Baiana de descendência. Mineira de coração e endereço. Muitas e de muitos tamanhos. Letras, palavras, frases. Nossa Senhora Aparecida. Família. Música. Sol. Brisa. Luar. Prefiro mar. Branco. Tenho uma irmã mais nova. Minha maior paixão tem mais de 100 anos. Abraço. Meu pensamento é hiperativo. Tenho os melhores amigos. Cometo ao menos um erro todos os dias. Converso com Deus. Já mudei de emprego três vezes, já mudei de vida outras varias. Por do sol. Não faço nada sem dois ingredientes: paixão e entusiasmo. Primavera. Beijo. Horizonte. Esperança. Cinema, quadros, composições. Já machuquei quem não merecia. Olhar. Exagerada e sensível. Carente. Bagunceira. Transparente. Meu primeiro livro publicado e grande orgulho: Quando Florescem as Orquídeas. Tenho um blog e uma coluna semanal em um jornal do interior. No mais sou abençoada. Sei dizer apenas que tudo passa!E que eu sou bem feliz! D.S.L

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