Não devia, não queria, nem sonhar, nem pensar, nem imaginar mais…
Talvez as palavras tivessem me abandonado nessas novas trezentas e sessenta e seis novas paginas que a vida esta me presenteando. Pensei: talvez seja o fim, pois enfim, elas terminaram felizes e as orquídeas irão florescer, mas e eu? E você que talvez nem tenha ouvido o estrondoso barulho que elas fazem quando lançadas ao coração?
Cansei talvez, afinal, pra que tanto porque, aonde iria eu chegar a não ser ao final de mais uma pagina sempre com reticências que me levavam a um novo amanha com um dia ensolarado
Cansei!
Essa mesma espera incansável de chegar perto de todo esse amor que há(e sei que há), nessa vida!
Pensei não ter mais forças, estar sem fala, sem grito, sem berro, em espera, cansada, exaurida dessa forma de vida que enxerga a tudo e a todos de modo impar, tão singular que fere minha pele, tão única que as vezes paralisa-me diante do que ninguém vê, e que sempre soube estar lá.
Eis então que elas surgem assim, todas de uma só vez; Eis então que elas me atropelam, rasgam meu cérebro, enaltecem meu pensamento ate as nuvens, me carregando para o céu aonde anjos me encontram, e emprestam-me asas para rirem de mim diante meus olhos que se encantam tão grandiosamente quanto os de uma criança. Ele também esta lá, ao me ver passar, sorri e me abençoa erguendo sua destra; Ela esta coberta de um manto vinho, lindo, ao me ver repete e pedi com toda sua misericórdia, três vezes baixinho no ouvido de três querubins que me acompanhem em meu caminho, espalhando em meu pensamento idéias de sonhos felizes e concretos, e por fim sorri carinhosamente com os olhos soterrados de amor.
Elas chegaram pra florescerem, pra terminarem e começarem felizes, chegaram para gastarem minhas angustias, as coisas do mundo, as razões tão perdidas e inacabadas da vida. Para quebrar verdades absolutas, abraçar, beijar, amar, amar, amar, calar, gritar, fazer sorrir, chorar.
Chegaram e estão a caminho para te encontrar, para enfim dizerem que “Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou, te amar…Desesperamente…”*
Chega também!
D.S.L