De plastico

Não vou ligar! Ele pode pensar que estou afim…  Mas eu estou mesmo afim!

Melhor não ligar, melhor ele não saber que ontem dormi pensando em nós. E que nesses últimos tempos, ele foi um dos acontecimentos mais legais que me apareceu.

Melhor ficar aqui fingindo que eu sou daquele tipo que não se encanta, que não se empolga, melhor acalmar, respirar fundo e não assusta-lo com meus textos, com meus discos, com meus livros, e com todas as minhas historias, com toda essa fértil imaginação que Deus me deu.

E então eu encontro com você na rua assim do nada, e quase tenho um ataque.

A vida devia ter uma sirene nessas horas, um tipo de alerta para nos avisar: “Perigo! Perigo! Ser desejado a menos de 50 metros”, faltou pouco pra que eu caísse no chão e começasse a babar, como num ataque convulsivo, pois a língua enrola, a palidez é a mesma encontrada num boneco de cera, não consigo manter uma linha de raciocínio, mas então respiro fundo e consigo conversar com você.

E você é tão mais honesto dizendo que pensou em me ligar, mas ficou sem graça, ou com medo… E daí eu uso da minha ironia acida e pergunto se estava com medo que eu pensasse que você ficou com vontade de me ver novamente.

Você sorri tímido, e então eu tenho vontade de te levar pra um lugar onde não exista medo algum, nem cuidado para não se machucar ou ser machucado, onde não seja pecado se empolgar, não se tenha hora e data pré-determinada para bater aquela saudade, onde se possa ter vontade verdadeira de ficar junto, e nada mais. Um lugar onde ao te encontrar eu possa sorrir largo, te abraçar e dizer o quanto eu pensei em você esses dias, lá a gente não precisa ter medo de parecer ridículo ou bobo. Não existe ninguém pra dizer: eu avisei que você iria se machucar, lá as pessoas dizem valeu a pena!

Aqui fora, nessa rua onde eu tenho que disfarçar que minha perna não esta tremendo ao encontrar você, tem muita gente que acha que tudo é muito assim, dessa forma rasa, com uma necessidade de ser indestrutível, impenetrável, quase que de plástico mesmo, ou outro material que não seja tão humano, tão movido por sensações e sentimentos.

Tão humanos como você e eu, que combinamos passear nesse lugar de mãos dadas sem nos sentirmos fora de moda, tentando ser feliz sem script, escudos de plásticos e outros acessórios usados para defender-se dessas coisas que só nos faz bem.

D.S.L

 

 

 

Autor: ela...

Elaine. Ela. Helena. 17. Setembro. Há alguns anos atrás. Ascendente em peixes. Brasil. Santista de nascimento. Baiana de descendência. Mineira de coração e endereço. Muitas e de muitos tamanhos. Letras, palavras, frases. Nossa Senhora Aparecida. Família. Música. Sol. Brisa. Luar. Prefiro mar. Branco. Tenho uma irmã mais nova. Minha maior paixão tem mais de 100 anos. Abraço. Meu pensamento é hiperativo. Tenho os melhores amigos. Cometo ao menos um erro todos os dias. Converso com Deus. Já mudei de emprego três vezes, já mudei de vida outras varias. Por do sol. Não faço nada sem dois ingredientes: paixão e entusiasmo. Primavera. Beijo. Horizonte. Esperança. Cinema, quadros, composições. Já machuquei quem não merecia. Olhar. Exagerada e sensível. Carente. Bagunceira. Transparente. Meu primeiro livro publicado e grande orgulho: Quando Florescem as Orquídeas. Tenho um blog e uma coluna semanal em um jornal do interior. No mais sou abençoada. Sei dizer apenas que tudo passa!E que eu sou bem feliz! D.S.L

3 comentários em “De plastico”

  1. Criança,achei este texto “coisinha mais fofa”!
    Concordo no fato de que as pessoas estão o tempo todo tentando se defender!Não devia ser asssim, não devia!
    Gosto de ver denovo alegria em suas palavras,bjin!

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