Queria entender como tudo começa e termina, muitas vezes iniciamos uma historia com o coração confuso, e quando se tem certeza dos sentimentos, muitos acreditam ser melhor fugir de toda a certeza que se evidencia. Talvez assim seja mais fácil, pois quando se tem certeza não existe mais porta aberta para sair correndo!
Queria entender porque “meu menino franzino e risonho” precisa chorar e sofrer, ele precisa crescer e o sofrimento faz parte dessa caminhada.
Mesmo assim eu queria entender!
Quase não suportei vê-lo ali naufragado naquela solidão cheia de saudade de momentos que não vão mais acontecer. O meu menino merecia aprender e crescer pelo amor e não pela dor.
Queria poder protegê-lo!
Entender mais “sobre casas, brinquedos e biologia” (vide texto postado em 30/09/2008).
Sei como é ter o coração dilacerado.
Ao te abraçar senti o quanto sangrava. O tamanho da sua dor! O coração de tão acelerado quase não cabia no tórax pequeno.
Difícil acordar no outro dia sem ter um curativo que estanque essa ferida, não há remédio, não há nada que cure essa dor, alem do tempo. E a cura ofertada pelo tempo é homeopática, enquanto a dor é desesperadora e incansável. Apenas dói e nada mais parecer existir!
Não foi fraqueza! Nem medo, e ainda há amor, não na mesma proporção que existe em seu coração, mas há.
Difícil ele deixar alguém que ainda se sabe amar de alguma forma, difícil ver “meu homem” forte e racional entregue ao choro, entregue a uma saudade velada diante dos teus olhos vermelhos de dor, difícil ver teu rosto estampado de tristeza!
“Um por todos e todos por ela”! Nosso encontro sempre marcado por risos, laços e felicidade, ontem entristeceu como o tempo, chovia, trovejava, e todos corriam para casa, assim como fizemos, os outros corriam da tempestade, nos corríamos da dor…
Cabisbaixos, nos abraçamos ausentes da alegria de outrora, era como um encontro marcado para velar algo que talvez ainda não esteja morto.
Jamais deixe de acreditar meu menino!E não endureça o coração com a sua dor!
D.S.L